O bebê começa a andar e tem sempre alguém do lado, seja a mãe, uma tia ou avó protetora ou até mesmo o pai ou avô babão. A criança mal pode dar um passo sem que alguém já segure pela mãe.
Essa superproteção pode prejudicar – e muito – o desenvolvimento motor dos pequenos.
A superproteção familiar impede que as
crianças conheçam e se aventurem pelo mundo por conta própria. Uma das
causas desse zelo excessivo é o medo de expor os filhos em situações de
risco. Com isso, pais e familiares passam a acompanhar cada passo da
criança, que fica “presa” em uma redoma de vidro, colocando em risco seu
desenvolvimento motor.
pelo mundo por conta própria. Uma das
causas desse zelo excessivo é o medo de expor os filhos em situações de
risco. Com isso, pais e familiares passam a acompanhar cada passo da
criança, que fica “presa” em uma redoma de vidro, colocando em risco seu
desenvolvimento motor.
Este monitoramento exagerado inibe
vivências e experiências próprias da idade, imprescindíveis para o
crescimento saudável. “Superproteção é diferente de supervisão”, alerta a
fisioterapeuta Fernanda Davi, especialista em fisioterapia infantil.
Filhos únicos, bebês prematuros ou adotivos também são fortes
candidatos a sofrerem superproteção. Com o aumento do número de casais
com um único filho, a quantidade de crianças que vão andar mais tarde ou
se desenvolver de forma lenta tende a crescer. Por conta disso, as
crianças estão desaprendendo as brincadeiras tradicionais, que até algum
tempo atrás eram primordiais no desenvolvimento e na evolução motora.Segundo Fernanda, além do atraso motor, outras consequências devem ser levadas em consideração, como perda de personalidade, medo de enfrentar situações diferentes, dificuldade de relacionamento com outras crianças, reclusão, falta de iniciativa.
“Pequenos gestos já sinalizam a falta de
desenvolvimento, como por exemplo, quando a criança tem falta de
equilíbrio, tropeça muito, não corre, tem dificuldades em subir degraus,
sentar”, explica a especialista, ressaltando. “Não existe criança
preguiçosa, se ela não está querendo brincar alguma coisa está
acontecendo com ela.”
Abaixo seguem algumas dicas da fisioterapeuta para ajudar no desenvolvimento da criança:
- Recém nascido: conversar próximo ao
rosto para começar a fixar e dar mobilidade a cabeça. A ação também
ajuda a desenvolver a visão e audição;
- 2 a 3 meses: os pais devem ficar atentos ao reflexo do bebê, se a
criança não te segue e não se assusta com barulhos, algo está errado;- 4 meses: normalmente neste período, o pescoço deve já estar firme e a criança sempre está alerta, dorme menos. É necessário colocar a criança de barriguinha pra baixo para começar a estimulá-la a controlar a cabeça. Brincar de rolar é um bom estímulo nesse período;
- 5 a 6 meses: o ideal é começar a deixar a criança mais sentada para que ela vivencie a postura. Tirar o encosto ajuda na conscientização do corpo;
- 7 a 8 meses: explorar o meio em que vive, deixar engatinhar e
estimular colocando os brinquedos distantes para que vá até eles;
- 9 a 10 meses: momento em que os pais tem que começar a pensar no
andar. O ideal é colocar a criança em pé para que sinta o próprio peso, e
assim, crie equilíbrio;- 1 a 2 anos: realizar atividades que ajudam no desenvolvimento motor como subir e descer escada, pular obstáculos, correr, dançar, entre outras.
Fonte: Terra Brasil.
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