Novo secretário de saúde fala dos planos para a gestão
Antônio Carlos Figueira é ex-presidente do Imip, especialista em pediatria e tem mestrado em saúde pública
O Bom Dia Pernambuco conversou nesta quinta-feira (6) com o novo secretário de Saúde do Estado, o médico Antônio Carlos Figueira (foto). Ele é ex-presidente do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), implantou a Faculdade Pernambucana de Saúde, é especialista em pediatria e tem mestrado em saúde pública. Antônio Figueira falou dos desafios da gestão e das metas para o ano de 2011. Confira como foi a entrevista:
OBJETIVOS
“O primeiro objetivo nosso é servir bem a população. Outra grande iniciativa é participar do debate nacional. O SUS é um sistema nacional, então os problemas que ocorrem no SUS refletem em Pernambuco e outros estados. Há um subfinanciamento crônico na saúde: nosso sistema é brasileiro universal, então qualquer país que quer ter um sistema universal tem que ter 70% do gasto com saúde em recursos públicos. Hoje, no Brasil, apenas 40% é direcionado aos serviços públicos”.
APOIO DOS MUNICÍPIOS
“É fundamental que essa rede se articule com os municípios. Porque os grandes hospitais são para receber os casos complexos. Toda vez que um caso de média complexidade chega ao hospital, prejudica o atendimento mais grave. Então nós vamos ter, ainda hoje, uma reunião com os conselhos municipais de saúde, para discutir a responsabilidade de cada uma das esferas: municipal, estadual e federal”.
PELÓPIDAS SILVEIRA
“Durante 40 anos, nenhum hospital foi aberto em Pernambuco para atender casos de urgências e emergências. Então houve um investimento importante e nós vamos continuar implantando o plano de descentralização das emergências e urgências. Vamos inaugurar o Hospital Pelópidas Silveira e mais três UPAs. O Pelópidas Silveira, que vai ser mais voltado para a parte de neurologia, principal gargalo do Hospital da Restauração, será um apoio importante para a Restauração”.
INTERIOR
“Em relação ao interior nós vamos implantar 10 UPAs especializadas. São centros que vão contar com várias especialidades médicas, como fisioterapia, odontologia e terapia ocupacional. Esse é um programa de quatro anos e, em julho, terminamos os projetos executivos”.
MÃO DE OBRA
“Em Pernambuco, foi feito um grande esforço na questão da terapia intensiva. Nos últimos quatro anos, saímos de 350 leitos de UTI para 700, ou seja, dobramos o número. No setor de neonatal, nós só conseguimos aumentar em 25%. Em algumas especialidades há escassez de profissionais. Até o final de janeiro, vamos abrir mais leitos, mas temos essas dificuldades de conseguir médicos”.
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