A cada novo post nesse blog, procuro não me apresentar na primeira pessoa do singular, com um único objetivo, esse blog não me pertence e sim a todos que representam uma classe, dessa forma peço licença pela primeira vez, quero abrir nesse espaço minha visão e meus sentimentos em relação a atual realidade da Fisioterapia no Brasil.
Nessa terça feira 19 de outubro de 2010, após vários dias, pesquisando na internet assuntos relativos à fisioterapia, me surpreendi com o manifesto promovido pelo CREFITO 1 no dia 25 de outubro às 14:30 horas em frente ao Ministério Publico Estadual (Av. Visconde de Suassuna, 99, Santo Amaro – Recife/ PE) nessa ação junto ao ministério publico, existe uma reivindicação: Exigir dos planos de saúde, melhor remuneração aos profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Fiquei extremamente feliz, tenho a mais absoluta certeza, muito já mudou.
Sinto-me honrado por ver tantas homenagens a essas categorias da saúde. Muito mais feliz fico diante de tantos convites para eventos nacionais e internacionais e pelo reconhecimento a minha pessoa nesses dezesseis anos de luta como fisioterapeuta, mesmo assim, tenho dentro de mim um sentimento ainda não confessado publicamente, esse sentimento me amargura e me entristece, ver uma fisioterapia envergonhada pela sua remuneração, pelo descaso e pela mediocridade vivida insistentemente em nossa rotina, sinto-me absolutamente humilhado em assistir nossos alunos serem seduzidos por outros profissionais de saúde e muitas vezes pelos nossos próprios colegas a estágios e esses, nada mais são do que fantasias para promoverem melhores condições financeiras a eles mesmos e enterrarem de vez a ética e o respeito pela sociedade. Mesmo assim, acredito em dias melhores e em novos tempos, creio em superar essas adversidades, concluiremos nosso verdadeiro papel e honraremos nossa escolha de sermos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Tenho recusado convites para participar de qualquer que seja o evento da fisioterapia, palestras magnas, aberturas e encerramentos de congressos, reuniões com nossas instituições, comemorações e viagens para ministrar aulas ou conferências por um único motivo, acredito ser muito mais importante do que grandes eventos, uma paralisação da fisioterapia no Brasil em busca do seu verdadeiro espaço e com remuneração digna . Agradeci por algumas homenagens a minha pessoa, mas também não me fiz presente, transferindo placas ou medalhas para outros, por um único motivo, quero desfrutar de toda minha convicção e viver na esperança de assistir nossos jovens fisioterapeutas sendo reconhecidos pelos seus trabalhos e remunerados descentemente, essa sim é medalha que gostaria de ter.
São muitos os jovens fisioterapeutas que me procuram, alguns em busca de oportunidades e muitos outros apenas de
Uma palavra de esperança para que possam navegar em perspectivas construtivas entrelaçadas ao sucesso profissional. Esse mundo chamado mercado de trabalho, não pode ser confundido com mercantilismo, aproveitamento, modismo ou descaso e sim por buscar fazer o melhor de si, com a proposta de realização e não de desilusão. Caros colegas não temos tempo e temos pressa, vamos arregaçar as mangas, vamos ter coragem e enfrentar de frente a frente nossos maiores adversários. Chegou à hora dos fisioterapeutas do Brasil se unirem em torno dessa ciência e dessa sociedade a qual tanto necessita dos seus recursos em todos os âmbitos da saúde, chegou a hora de falarmos a todos da nossa importância e junto ao CREFITO 1 nos mobilizarmos no dia 25 outubro de 2010. Enquanto nossos colegas pernambucanos, estiverem junto ao ministério publico lutando contra essa miserável tabela que os planos de saúde tem nos oferecido, nós criaremos em todo o Brasil uma corrente para paralisarmos a Fisioterapia no Brasil em busca de dias melhores aos nossos profissionais e a toda sociedade brasileira.
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