O
EMGS é um ótimo instrumento para nos informar sobre a qualidade e
quantidade de contração muscular (se não o melhor). Ele nos informar
como estão funcionando as unidades motoras do músculo avaliado. Então,
para quem pretende estudar e usar a EMGS, precisa saber de princípios
básicos desse instrumento e da fisiologia de contração muscular (que na
verdade isso é lei para nós fisioterapeutas).
A
EMGS capta a atividade elétrica que emana do músculo durante a
contração muscular. Isso devido as sucessivas despolarizações que passa
pelo membrana pré-sináptica, liberação acetilcolina, que por sua vez cai
no espaço sináptico e atinge os receptores pré-sinápticos na membrana
pós-sináptica, deflagrando a despolarização por toda membrana muscular. É
essa informação que é captada pelo sinal eletromiográfico.
Quando
uma unidade motora é ativada, o sinal que aparece bifásico. Mas é
praticamente impossível pegar o sinal de apenas uma fibra muscular com a
EMGS, sendo que o apresentado pelo aparelho é uma somação dos sinais de
várias fibras musculares, como visto na figura.
Mas
o sinal que é visto no EMGS é o de várias unidades motoras que se
contraem naquele período de tempo, sobrepostos um ao outro.
É este sinal,
dito bruto, que deve ser avaliado. Mas pra isso, é preciso saber o que
queremos analisar para encontrarmos a reposta naquele sinal. E o que o
sinal pode nos dizer? Bom, podemos ter informação sobre a intensidade da
contração, fadiga muscular, compararmos o inicio da contração de forma
analisar uma co-contração, ou mesmo se o musculo inicia a contração
quando deveria. Na verdade, são diversas as possibilidades. Mas só será
possível analisa-las se soubermos usar o aparelho.
Então
precisamos saber que situações podem alterar o sinal eletromiográfico e
quais os parâmetros irão me informar aquilo que pretendo saber na minha
avaliação. Sobre isso será a nossa próxima postagem.
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