O que antes era sinal de bom senso e responsabilidade, agora virou lei. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou, nesta terça-feira, uma resolução que obriga hospitais, consultórios médicos e centros de saúde a oferecerem álcool – líquido ou gel – para a limpeza das mãos dos profissionais de saúde. A medida é fundamental para evitar a proliferação e a contaminação por bactérias, inclusive a KPC, dentro do ambiente hospitalar. Dirceu Barbano, diretor da Anvisa, explica que todos os pontos de atendimento ao paciente, como UTI, sala de espera, ambulatório, emergência e quartos hospitalares devem ter à disposição o produto, em local visível e de fácil acesso.
Diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Dirceu Barbano
“São preparações com álcool, líquido ou em gel, na concentração apropriada, produtos registrados na Anvisa, ou manipulados de acordo com a orientação da Anvisa o que representa, há vários estudos que indicam isso, um elemento que facilita o hábito da higienização das mãos nesses serviços. A obrigação trata de que o dispensador esteja em cada uma das salas onde há atendimento de pacientes, seja no nível ambulatorial, seja no nível hospitalar.”
Dirceu Barbano destaca que o uso de álcool para assepsia das mãos não deve substituir a limpeza com água e sabão, e, sim, complementar. As unidades de saúde, públicas e privadas, têm 60 dias para se adequar a nova regra. Além dessa medida, que vai ajudar a prevenir infecções hospitalares, a Anvisa já anunciou que vai endurecer as regras para coibir a venda indiscriminada de antibióticos. O mau uso destes medicamentos, segundo a agência, é um dos principais responsáveis pelo surgimento de bactérias mais resistentes.
Reportagem, Cynthia Ribeiro.
Fonte: Ministério da Saúde.
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