A implantação de assistência domiciliar viabiliza a redução dos riscos de complicações intra-hospitalares e melhora da qualidade de vida, tanto do paciente quanto da família
Receber cuidados médicos em casa, sem o desconforto de uma internação e sem sair da rotina. Ao criar essa possibilidade, o hospital do Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz, no Rio de Janeiro, desde 2001, vem humanizando o tratamento oferecido às crianças com doenças crônicas, que só respiram com ajuda de aparelhos. Essas crianças têm graves problemas respiratórios e precisam de assistência médica constante.
Segundo o coordenador do Programa de Assistência Domiciliar do Instituto (PADI-IFF), Almiro Cruz, os equipamentos são instalados na casa dessas crianças para que elas não precisem ir até o hospital, evitando complicações intra-hospitalares e proporcionando um contato maior com seus familiares. “As crianças com estabilidade clínica, mas ainda dependentes de oxigênio, podem ficar em casa, desfrutando da tecnologia médica, mas também do convívio com a família. Esse contato humano faz a diferença no tratamento”, completa.
Almiro Cruz explica que a implementação dessa prática permite viabilizar a alta do paciente, implicando na redução dos riscos inerentes à hospitalização prolongada, proporcionando maior interação mãe/criança/família e, portanto, melhor qualidade de vida. Ele ressalta que a rotatividade dos pacientes tem permitido, também, uma maior disponibilidade de leitos para acolher outras crianças que necessitem dos serviços, pois o leito não fica cronicamente ocupado.
O Programa de Assistência Domiciliar possui duas formas de atuação: a Visita Domiciliar, onde o profissional avalia o estado clínico do paciente e supervisiona os recursos ambientais e familiares disponíveis para a promoção de sua saúde e o Atendimento Domiciliar, no qual a equipe interdisciplinar realiza, periodicamente, procedimentos fisioterapêuticos, fonoaudiológicos, médicos, de enfermagem, farmacêuticos, dentre outros. A assistência domiciliar acontece de segunda a sexta-feira, atendendo cada criança de duas à três vezes por semana em visitas de uma hora e meia, em média. De acordo com Almiro Cruz, o cuidador principal é o próprio familiar do paciente.
Já foram assistidas mais de 60 crianças na região metropolitana do Rio de Janeiro, portadoras de ostomias diversas (traqueostomia, gastrostomia, colostomia) e dependentes de artefatos tecnológicos indispensáveis à sua sobrevivência (oxigenoterapia, ventilação mecânica não invasiva e suporte nutricional enteral). A equipe é formada por profissionais especializados nesta modalidade de atendimento, dentro das especificidades que o paciente infantil requer.
O pediatra Almiro Cruz explica que o Instituto Fernandes Figueira também promove cursos de capacitação para profissionais e hospitais que queiram adotar o método. Para mais informações sobre o programa, basta acessar o site: http://www.iff.fiocruz.br.
Fonte: Ministério da Saúde.
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