Documento traz recomendações de diagnóstico precoce e tratamento pós-exposição. Estimativas da Organização Mundial da Saúde apontam que todos os anos ocorrem de 2 a 3 milhões de acidentes com agulhas contaminadas por material biológico
Profissionais de saúde que tenham passado por algum acidente ocupacional envolvendo objetos cortantes e sangue devem fazer o teste para hepatites. O ideal é que o exame seja feito logo após o ocorrido, para saber se houve infecção e tomar os cuidados pós-exposição. Os procedimentos profiláticos incluem vacina contra hepatite B e administração de imunoglobulina, em alguns casos. Não é necessário que os profissionais acidentados sejam afastados das atividades nos serviços de saúde durante a terapia de prevenção.
Dentre os acidentes aos quais os profissionais precisam estar atentos estão: lesões com agulhas e bisturis, respingos envolvendo olho, nariz, boca ou órgãos sexuais, contato com cortes abertos e mordidas.
A prevenção da exposição ao sangue ou a outros materiais biológicos é a principal medida para que não ocorra infecção pelos vírus da hepatites. Recomenda-se, ainda, a lavagem do local com água e sabão e o uso de soluções antissépticas em caso de acidentes com esse tipo de material.
Estimativas da OMS apontam que todos os anos ocorrem no mundo de 2 a 3 milhões de acidentes com agulhas contaminadas por material biológico. Estudos mostram que, nos acidentes envolvendo sangue infectado pelo vírus da hepatite B, o risco de contrair hepatite varia entre 22% a 31%. Além disso, o vírus da hepatite B sobrevive no meio ambiente por até uma semana.
Já para a hepatite C, o risco de infecção varia entre 0,5% e 1,8% após exposição a sangue. Evitar acidentes é a única forma de prevenir o tipo C. Em caso de acidente, o diagnóstico precoce determina quando o tratamento deve ser iniciado, caso necessário.
Dentre os grupos de maior vulnerabilidade para as hepatites B e C estão os usuários de drogas injetáveis e os homens que fazem sexo com homens (HSH), além de pessoas que mantêm relações sexuais desprotegidas. Pacientes em programas de diálise e provenientes de prisão, além daqueles que vêm de instituições de atendimento a pessoas com transtorno mental, também estão na lista de maior risco de exposição às hepatites.
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